Quando falamos em
Arborização Urbana, pensamos no
simples fato de plantarmos árvores
e plantas dentro de uma cidade, porém, esquecemos que por trás desta
definição, existem muitos estudos que ainda são pouco conhecidos pela nossa sociedade
de uma forma geral.
Esses estudos possuem princípios que trazem muitas
vantagens para nossas vidas de uma forma simples e eficaz.
Todos nós temos conhecimento de que as árvores
desempenham um papel muito importante na melhoria da qualidade de vida da
população e de todo o meio que nos cerca.
Esses benefícios englobam várias vertentes tais
como: bem-estar psicológico, efeito estético, sombra para os pedestres e
veículos, proteção contra o vento, diminuição da poluição sonora, redução do
impacto da água de chuva, auxílio na diminuição da temperatura e preservação da
fauna silvestre.
Mas, este trabalho de arborização nas áreas urbanas não deve ser feito de forma
aleatória, já que só será realmente efetivo quando for realizado de acordo com
os princípios de planejamento contidos nos diversos estudos já realizados sobre
esse assunto.
Cabe, porém, a gestão pública de cada município
este planejamento, desde sua concepção até sua implantação e manutenção através
da disponibilização de técnicos e agentes capacitados
para todas as etapas, desde de plantio de forma correta, poda e corte definitivo das árvores.
O projeto a ser executado deve levar em
consideração não somente as características individuais de cada cidade (valores
culturais, ambientais e de memória), mas também garantir a segurança e a
mobilidade dos cidadãos e evitando situações de conflito entre a vegetação e os
equipamentos urbanos como fiações elétricas, postes de iluminação, muros e calçadas.
Em resumo: é escolher “a árvore certa para o lugar
certo”, e é neste ponto que deverão ser utilizados todos os princípios da
arborização urbana.
O primeiro passo desse planejamento, é providenciar
o inventário das árvores já existentes, uma ferramenta tecnológica que
permita o cadastro e visualização
das árvores de forma rápida e fácil pode ajudar muito nesse processo.
Esse cadastro deve conter o maior número de
informações possíveis de toda vegetação que existe na região e principalmente a
sua localização, assim se torna mais fácil avaliar onde e como atuar, pois,
podemos compreender a relação entre as árvores e o local onde elas estão
inseridas: a compatibilidade entre seu porte (raízes, tronco e copa) e o espaço
disponível, as condições sanitárias existentes e sua adaptação. Estas
informações, aliadas aos princípios da arborização, irão definir quais serão as
espécies a serem utilizadas
de maneira correta.
Além das considerações acima, devemos
lembrar que, na arborização urbana existem várias condições exigidas de uma
árvore, para que possa ser utilizada sem acarretar inconvenientes, sendo que,
entre as características desejáveis, destacam-se: (PIVETTA & SILVA FILHO,
2002)
1.
Resistência a pragas e doenças;
2.
Velocidade de desenvolvimento média para rápida;
3.
A árvore não deve ser do tipo que produz frutos
grandes;
4.
Os troncos e ramos das árvores devem ter lenho
resistente, para evitar a queda na via pública, bem como, serem livres de
espinhos;
5.
As árvores não podem conter princípios tóxicos ou
de reações alérgicas;
6.
A árvore deve apresentar bom efeito estético;
7.
As flores devem ser de preferência de tamanho
pequeno, não devem exalar odores fortes e nem servirem para vasos ornamentais;
8.
A planta deve ser nativa ou, se exótica, deve ser
adaptada;
9.
A folhagem dever ser de renovação e tamanho favoráveis,
já que podem causar entupimento de calhas e canalizações, quando não, danificar
coberturas e telhados;
10 . As copas
das árvores devem ter forma e tamanho adequados ao ambiente
11. Quanto às
raízes, estas devem ser profundas, para evitar que a árvore venha a prejudicar
as calçadas e as fundações dos prédios e muros.
Podemos concluir então, que a implantação de árvores nos complexos urbanos,
sem dúvida alguma, proporciona uma grande melhora na qualidade de
vida da população, mas para que isso ocorra de maneira eficaz devemos seguir à
risca os princípios de arborização pois somente assim conseguiremos respeitar
tanto o homem quanto a natureza e ainda tornar o ambiente urbano ao mesmo tempo
agradável e eficiente.
Postado em 10/10/2017 09:00
Postado em 10/10/2017 09:00
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